19.6.12

Os empates de Varsóvia têm os dias contados

29 de Fevereiro de 2012. Portugal foi à Polónia estrear o novo Estádio Nacional e empatou a zero. Três meses mais tarde, o estádio abriu as portas para a cerimónia de abertura do Euro2012 e para o pontapé de saída do torneio, entre gregos e polacos, tendo o jogo terminado com um empate a um golo. Quatro dias depois, a Polónia jogou com a Rússia e o resultado foi... outra vez um empate (e outra vez a um).

Ninguém venceu e ninguém ainda perdeu no Estádio Nacional, em Varsóvia. Esta tendência chega ao fim na próxima quinta-feira. Em 90 ou em 120 minutos. Ou então nos 11 metros. Portugal e República Checa desempatam a história deste campo da bola.

A lista negra de Wolfgang Stark

Os jogadores da Bundesliga, há pouco mais de um ano, ao votarem no pior árbitro do campeonato, elegeram Wolfgang Stark e com maioria absoluta. Quase no fim desta época, num jogo para definir quem descia de divisão, entre o Herta de Berlim e o Dusseldorf, Levan Kobiachvili, do Herta, invadiu o balneário do árbitro e deu um murro no pescoço de Stark. O jogador georgiano foi castigado com um ano de suspensão.

Este árbitro alemão de 43 anos tem dias em que vê muito mal ao perto. No Croácia-Espanha do Euro2012 não viu dois penáltis na área de La Roja e lance duro de Sérgio Ramos sobre Mandukzic mandou jogar, ele que há pouco mais de um ano, na meia-final da Liga Campeões entre Real Madrid e Barcelona, expulsou Pepe por entrada igualzinha sofre Dani Alves. Em cartões amarelos, Croácia 6, Espanha 0...

Em 2007, no mundial de Sub-20, Stark apitou amis de uma falta por minuto num Chile - Argentina. Rezam as crónicas que um argentino levou com um bola no joelho depois de o jogo estar parado e que se queixou do rosto. Stark expulsou um chileno por agressão. À segunda expulsão chilena, um adepto vestido de condor invadiu o campo e tentou agredir o alemão que foi útil à Espanha no jogo com a Croácia.

Wofgang Stark nos tempos livres gosta de andar de moto e de jogar hóquei em campo.

Fonte: WorldReferee

18.6.12

O Custódio conquistou o mundo em 14 minutos

Será um improvável trabalho de reportagem, o de encontrar a pessoa responsável pelo preenchimento da ficha de jogo do Bétis de Sevilha - Sporting, de 3 de Agosto de 2002, no estádio da Maia. Nessa ficha, escrita algures entre os balneários e a sala onde estava a impressora, no banco de suplentes havia um Custódio com o número 28.
Esse Custódio entrou em campo, lançado por Lazlo Boloni, aos 77 minutos, substituindo Rui Bento. Aos 91 minutos, ganhou uma bola no ar com o calcanhar e foi atrás dela pela esquerda. Fintou o guarda-redes e com pouco ângulo e baliza ainda uma distância considerável, atirou sem medo uma banana maior do que as bananas da Madeira. O número 28 não era Custódio, era Cristiano Ronaldo, 14 minutos em campo e um golo que correu o mundo.
Por linhas tortas, se fez a primeira impressão daquele que quando terminar a carreira deverá ser também conhecido como o melhor jogador português de sempre. E talvez mais do que isso.